sem esperas nem surpresas,
voce escuta o barulho dos meus dedos teclando junto com os pingos de chuva
e como eles
lavando uma terra sem ninguém?
parquinhos de policlínicas mortais de tarde eu alucino pra raciocinar
sem esperas nem surpresas,
eram noves horas da manhã de sexta-feira e alguém passando por lá num táxi veria um homem com a cabeça descoberta, as mãos pra cima e ao lado seu guarda-chuva aberto, virado na calçada, recolhendo chuva ao invés de rebate-la.