Monday, July 31, 2006

verão das minhas orelhas - sopro de rum

minhas mãos congelam, tenho medo de resfriar a periquita, mulher não fala nome pra coisa
e não bate
bem da cuca
nem punheta
por causa da segunda a primeira.
eu não me contenho, derramada pelas paredes a minha agonia, vc faz falta, me esbaldo nela até que desenhar, em branco
só pelo espalho de coisas demais pelos cantos, teias demais pelos abraços
minhas mãos congelam, não tenho espelho de penteadeira, mas me agasalho num reflexo de corpo inteiro
venceremos o inverno e a morte, o que vier depois e primeiro
espreme teu peito até que suco de rum e suprema
delicia de instante
mastiga minha orelha
pra sussurar um calor. só da gente porejar.

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