bunker nº não
não é meu trabalho que vc quer
meu sangue meus braços meu suor
são os meus fiapos,
meu nome inexistente,
passar ao meu lado sem ter que olhar
sapatear nos meus dentes
não é o meu amor que vc quer
meus tangos meus tombos meus dengos
são os meus nomes,
minha lama insistente,
andar ao meu lado como um milagre
zarpar roubando a minha corrente de ar
não é a minha vida que vc quer
meus dias meus risos meus tombos
é só a minha permanência,
minha ocupação presente,
conforto de conclusão perene
assistir que eu sou muda pra sentir paz
não é a minha paz que vc quer
meus ritmos meus deuses meus escuros
eu furo a minha semente
pra que ela não brote na tua brancura
pra que ela não te conceda o prazer
de dar pipocas aos macacos da minha impaixão
4 Comments:
fiquei com a sensação tu não me quer, só quer me sugar minhas forças. o_O
opa, tira aquele m antes de sugar.
Sara Lee, há tempos não vinha por aqui, ler teus poemas. Retorno e vejo um negócio cintilante desse. Imagens esplêndidas como sapatear nos meus dentes, andar ao meu lado como um milagre... Este poema me deixou feliz hoje. E hoje, por sinal, está fazendo um dia lindo de sol. Acho que vou dar uma volta no parque com o que você escreveu.
Uruca!Uruca!
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