eu parei de escrever
quando parei
de pretender
ser dramática o suficiente
para valer
estar palavra.
é claro que não há nada lá;
deus é o motor perpétuo.
niguém toca rock junkie
sem querer dizer
que pelo menos sabe o gosto
de um meio fio.
nem os lábios flamejantes.
eu não quero dizer
só tento ouvir
o riscado.
2 Comments:
Também sinto que não há nada lá. A crueldade às vezes é muito doce.
falando em motor contínuo já leu Loyola Brandão ("Não verás país nenhum")?
e como diria meu amado Jorge-salve! de Lima:
"O impulso é a blasfêmia contra os céus
ou o poema contínuo de esquecer:"
Post a Comment
<< Home