a não mãe
o bebê está no chão há cinco minutos.
ele não chorou. nem no caminho até ali, o duro, nem quando chegou. ali no duro.
ele nunca chorou.
o bebê está no chão há sete minutos.
o chão está gelado. mas ele nunca chorou. nem fez barulho de nada estourando quando caiu.
ele também não quicou.
o bebê está no chão há dez minutos.
e ainda nem se mexeram. os braços do bebê nem os braços da mãe.
instantes antes dele ter ido parar lá embaixo, ela queria que ele arrotasse, mas ele escorregou.
agora o bebê está no chão pra sempre. e ela morreu, ali de pé.
ela morreu de um jeito que poderá ir eternamente pra onde quiser.
falar sobre o que quiser.
nada mais trará consequencias.
ela está olhando praquele corpinho há vinte minutos.
não há mais ou que sentir quando todas as cordas de dentro foram esticadas até a rebentação.
o bebê não está no chão há 40 minutos.
ela jogou fora, no mato, o restos dele que mentiam sobre ainda haver um bebê lá.
o bebê foi embora.
e ela nunca mais pertencerá a lugar nenhum.
3 Comments:
mandaria uma musica pelo comentes...as ainda não...da
melhor seria se o tivesse comido como fazem as gatas e as cadelas alucinadas.
éééé
melhor seria se nós pudessemos ser gatas e cadelas alucinadas
ou só alucinações.
como não é assim, há que se tecer a matéria que dá...
FAO
canta no ar
cants no ar que chega
com ventilador vem com apara barro
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