Poli Ana
Eu nunca te amei muito. Comprei uma vodka, duas caixas de analgésico e um tubo de cola de sapateiro por que eu nunca te amei direito.
Perambulei pelas ruas comprando briga esperando bater em alguém, porque, porra, eu nunca te amei.
Com um martelo esmago a ponta dos dedos cantando baixinho pra ninar a dor de mim mesmo, porque eu nunca gostei muito de ti.
Todas as janelas ao meu redor parecem órbitas vazias, porque eu nem mesmo te gostei.
Sem roupa em frente a geladeira, quero uma pneumonia porque jamais prestei atenção em tudo que vc faz.
Fecho as cortinas, corto meu cabelo, sem cuidado nem dó arranco um escalpo inteiro, com uma faca de cozinha removo meu cérebro pra te esquecer porque eu nunca nem te vi.
Me descontrolo e perco toda a água que tenho no corpo chorando, porque as minhas células não estão contaminadas contigo.
Seca, abro com os dentes um buraco no sofá, que tem o teu tamanho, lá me escondo e espero a casa inteira incendiar.
Porque tudo tem o teu tamanho.
Porque eu nunca te amei demais.
10 Comments:
Vc anda sumida, minha cara...
é, ando.
sumir é uma qualidade da água
eu consigo sumir quando fico de lado.
:P
bom. encontrei você. textos assim faziam parte do meu imaginário de sensibilidades adoráveis.
não quer dizer você seja inexoravelmente má. com a condição de acreditarmos naquele vórtice que transforma o universo num ralo, aí o sol pode.
você acredita em pulmões?
ahahahahahahaha. ele some de lado, mesmo.
se eu me abaixar um pouquinho, eu sumo. :P
meus pedacinhos de gente prediletos
ahahahahahahahahahahahaha
eu gostaria muito de ver esse dia de fuga. beberei mais vinho com os meus ouvidos e jack daniels com as minhas luvas de pavão molhado. um pulmão com florzinhas, o deus esteja no outro com cabracega na neblina do camel. boa noite eu também.
Sifudê!!!
Q texto é esse?? Prometo nunca mais entrar no seu blog mas sempre acabo descumprindo... hehehe
tu é d+ fran...
Bjo!
vai alimentando os demônios, vai...
Post a Comment
<< Home