sem título

Tente me ver.
não tenha medo e veja,
prefiro de olhos abertos.
não tenha medo e perceba
que eu tenho demais.
tente me ver,
não tenha medo e conte,
a palma da mão em cada corte,
não tenha medo e perceba,
que eu preciso ser escolhida de algum dia

há uma pança no sol negro, ela sua árvores de marte e paralelos de cristal.
escrevo bobagens pra disfarçar o que eu vejo.

Não ligue no meio da madrugada pra dizer que sente muito
a minha falta quando a música toca,
se você faria nada para estar aqui.
sou sempre eu que abro a porta,
organizo passeios e funerais,
sempre eu fingindo que sei
derreter granizo.
Tente me ver.
Não me ame se você não vem.
Eu já tenho demais e de menos.
Aprendi muito pouco,
mas vi mais álbuns do que gostaria.
Toda a gente é um lugar.
Algumas cidades precisam de atenção pra se apresentar.
Erva daninha no piso.